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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Um Médico do Amor


Um certo garoto viveu a muito tempo atrás lá na África, vivia rodeado de amigos e nadava nos rios cheios de peixes, ficou órfão cedo demais, aos 5 anos seu Pai grande guerreiro foi morto junto com sua mãe pelos homens caçadores de escravos, mas mesmo assim pode contar com a sabedoria do Grande Pajé da aldeia, tudo lhe ensinou e o menino de tudo aprendeu, muitas vezes até ajudava a curar os doentes da aldeia, mas também só nas horas que estava em sua casa, pois era difícil encontra-lo, embrenhava-se na mata sempre a procura de aventuras, muita comida, pois a natureza é sabia e os homens nascidos da terra sabem como cultiva-la, certo dia, quando retornava para casa avistou ao longe homens maus levando os pais de seus amigos, inclusivo o Pajé, correu e gritou para não fazerem aquilo, mas de nada adiantou, também foi pego pelos braços fortes dos homens maus, colocado em um grande navio, passou muitos dias, faltava-lhe as frutas da mata, e viu seus amigos morrerem, nada podia ajudar, pois os remédios não deu tempo de trazer, viu o sofrimento do Pajé que também não concluiu a viagem, agora sozinho, somente seus pensamentos poderiam ilumina-lo, chegou ao destino muito magro, e quase sucumbiu em febre, as gotas de chuva matavam a sede que outrora a cachoeira o fazia, já em terra foi apalpado, escolhido, selecionado, e guardado como o milho que outrora plantava, não podia sair para nadar, somente um grande tanque seria seu rio daqui pra frente, algum tempo depois mais crescido e forte pelo trabalho duro, começou a ajudar os irmãos necessitados, fez alguns partos, aprendeu a sentir a hora, pelo toque das mãos na barriga das mães, muitos tinham febre e ficavam fracos com falta de alimentação, mas não desanimava, em troca de ajuda aos mais fortes que trabalhavam na casa grande recebia alimentos e entregava aos mais fracos,
Formou-se então Médico na medíocre forma rude de o ser:
Sua universidade? Era seus aprendizados quando criança:
Sua pós graduação? O sofrimento dos escravos:
Sua tese? Deixou-a em outro continente:
Seus instrumentos cirúrgicos? Sua mãos:
Sua assepsia? As lagrimas dos doentes:
Sua maca? Os braços dos amigos:
Suas gazes?, os trapos trazidos pelos aflitos.
Seu esparadrapo? O nó dos tecidos cortados pela boca:
Seu jaleco? As roupas rasgadas pelo trabalho forçado:
Seu pagamento? O alivio da dor:
Seu Orgulho? Ser um enviado do nosso Pai Oxalá.
Autor Pai Emidio de Ogum

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