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terça-feira, 30 de junho de 2009


Eles são espíritas - continuação

Espírita militante A cantora Elba Ramalho, 50 anos, foi criada dentro dos preceitos católicos, mas sua curiosidade a levou a pesquisar outras “formas de se chegar a Deus”. Ela diz que encontrou coerência na doutrina de Allan Kardec. Há 10 anos, ela se iniciou na literatura espírita e leu mais de 20 livros de Chico Xavier, que ela conheceu há três anos e que psicografa a entidade Emmanuel. Estudar a doutrina, aliás, faz parte da religião. Essa é uma das explicações para o espiritismo ser popular na classe média: dados de 1995 indicam que 32% dos espíritas completaram o ensino médio e 25% cursaram universidade. “A discussão espírita exige um mínimo de senso crítico e sutileza”, diz o antropólogo Emerson Giumbelli.

Militante do espiritismo, Elba é freqüentadora assídua do Educandário Social Lar de Frei Luiz, em Jacarepaguá, no Rio. Lá aprendeu que a morte é uma ponte para a eternidade. Isso, ela garante, melhorou sua qualidade de vida. “Tenho procurado viver bem para morrer bem. Quem sabe um dia eu não acordo num outro mundo olhando para um anjo bem bonito?”, pergunta a cantora. Fundadora do selo Ramax, Elba, além de lançar bandas de rock e forró, também apostou no segmento espírita, com músicas de grupos que pregam paz e união.

Existem cerca de oito mil centros de espiritismo no País, segundo estimativas da Federação Espírita Brasileira. Lá, os seguidores da religião se reúnem, rezam, ouvem ensinamentos e dão passe. O passe, segundo Evantro Noleto Bezerra, 2º secretário da Federação, é uma transfusão de energia e funciona como uma medicação homeopática. “O espírita tem de acreditar que a energia irá reequilibrar seu organismo e acabar com suas angústias”, diz ele. É importante, também, marcar as diferenças em relação à umbanda, outra religião que crê em reencarnação. Diferentemente dos espíritas, os fiéis da umbanda acreditam em rituais. Na opinião de Giumbelli, a falta de informação é o maior empecilho para o crescimento do espiritismo. “As pessoas ainda têm uma visão estereotipada sobre o assunto, associam a doutrina a casas mal assombradas e fantasmas.”

O veterano casal de atores Paulo e Nicette Bruno abraçou o espiritismo há 40 anos, após a morte de um tio da atriz. “Procuramos um centro para lidar melhor com esta perda”, conta Paulo. Segundo ele, os ensinamentos, transmitidos aos três filhos, deram-lhe mais, uma receita de vida. “A busca do equilíbrio dentro das incoerências do mundo.” Foi também na dor que a atriz Ana Rosa, 59 anos, teve seu primeiro contato com o espiritismo. Em 1962, a atriz perdeu seu primeiro filho, Maurício, de leucemia, com um ano de idade. Na época, a tristeza e a revolta pela perda prematura foram amenizadas por um presente do diretor Augusto César Vanucci, que lhe deu o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. “O livro respondeu um pouco as questões que fazia na época. Não entendia por que aquilo tinha acontecido comigo, mas de certa forma me acalmei com a leitura”, lembra Ana.

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Mensagem de Chico Xavier